Brasil: Levantamento aponta que autoridades proferiram 49 manifestações racistas em dois anos

Segundo o levantamento da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) e da Terra de Direitos, do total mapeado, um quarto dos discursos racistas partiu de Jair Bolsonaro

“Racismo é algo raro no Brasil”, Jair Bolsonaro, em programa de TV, ao tentar se defender da acusação de racista.

“Deputado, o que você acha das pessoas de bem portando fuzil? Hummm, depende, qual a cor?”, Alexandre Freitas, deputado federal (Novo), em seu twitter.

“Não acho que nós tenhamos dívida nenhuma com quilombolas (…) problema da escravidão aqui no Brasil foi porque o índio não gosta de trabalhar”, Ricardo Albuquerque, procurador do Ministério Público do Pará, durante evento com estudantes.

As frases acima são alguns exemplos das 49 manifestações e declarações racistas proferidas por representantes políticos, membros de alto escalão do governo e integrantes do sistema de justiça. Segundo levantamento inédito da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) e da Terra de Direitos, 25% das declarações racistas mapeadas partiram do presidente da República, Jair Bolsonaro. Dos casos mapeados, em apenas 20 foram iniciados procedimentos de apuração dos fatos, mas nenhum dos casos resultou em responsabilização dos autores. O levantamento está disponível

Em um caso recente, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) arquivou o pedido de abertura de processo administrativo disciplinar (PAD) contra o procurador do Pará, Ricardo Albuquerque, que afirmou que não teria “dívida nenhuma com quilombolas” por que não ele não tinha um navio negreiro e que “problema da escravidão aqui no Brasil foi porque o índio não gosta de trabalhar”

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